"Pensar sistêmicamente é pensar que tudo no universo está relacionado a tudo, nada é separado, isolado. E que tudo nesta vida segue uma ordem natural dentro de uma hierarquia. Quando ocorre quebra hierárquica, vem uma disfunção. Ex: O ser humano é físico, mental, emocional e espiritual. Se prioriza um em detrimento do outro vai haver complicação. Alguém muito mental , é pouco emocional. Alguém muito espiritualizado é pouco prático (não materializa). "

Para ser um Terapeuta Sistêmico é preciso além da técnica, respeitar os direitos e sentimentos dos outros, que é um bom alimento para se cultivar um relacionamento agradável, ter sensibilidade e ser cauteloso e estar em dois lugares ao mesmo tempo. "

Texto escrito e usado em curso de Prática Sistêmica, por Jaqueline Cássia de Oliveira - fev/2000

segunda-feira, 13 de setembro de 2010


O tempo passou e me formei em solidão


Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegre a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.

– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre… Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia: – Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.

Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.

Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite…

Que saudade do compadre e da comadre!

* Texto de José Antônio Oliveira de Resende - (Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei/MG).

domingo, 12 de setembro de 2010

Sobre o Tempo

Pato Fu

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai
Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final
Ah-ah-ah ah-ah
Ah-ah-ah ah-ah
Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai
Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final... oh-oh... oh-oh ah...
Uh... uh... ah au
Uh... uh... ah au
Vai, vai, vai, vai, vai, vai



http://www.youtube.com/watch?v=OhfSkSda5TI

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E o tempo?




A partir do Congresso Brasileiro muitos profissionais foram instigados a pensarem sobre o TEMPO, O LIMITE e a SEXUALIDADE!

Este foi o tema eixo do congresso!! Confesso à vocês que este tema passa pelo óbvio e pelo complexo, pela tradição e pela evolução!!

Eu gostaria de deixar para cada um de vocês esta questão: O que é o TEMPO??

Que tempo é este que tanto reclamamos de não tê-lo?

Que tempo é este que corremos... corremos e não o alcançamos?

Retorno








O congresso foi recheado de descobertas, encontros, aprendizados e emoções diversas!!!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010




Prezados leitores!

Estarei fora por estes dias participando do congresso de Terapia Familiar!!
Espero poder aprender e ver formas novas de trabalhar e viver!!
Até Breve!!

domingo, 8 de agosto de 2010

SER PAI



Hoje é dia de meu aniversário. E de todas as minhas modestas dimensões humanas, a que mais me realiza é a de ser pai.
Ser pai é, acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.

Ser pai é aprender, errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.

Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.

Ser pai é: saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.

Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida. Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam.

Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.

Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.

Artur da Távola

sábado, 7 de agosto de 2010




Convido a todos os clientes, supervisandos e colegas terapeutas a participarem desta palestra!

Ouvi o palestrante pela primeira vez em um evento promovido pela a AMITEF e a OAB em maio de 2010 e fiquei encantada com a sabedoria e poesia que Celito Meier utiliza ao abordar um tema de nosso cotidiano, que faz parte da história de cada um de nós, mas nem por isso, deixa de ser fácil ou menos profundo!

Vamos ver o que há de novo no antigo!!

Informações no telefone da AMITEF: (31) 3024-6412 ou email: amiteffamilia@yahoo.com.br

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Para refletir!!!

Eis o paradoxo do casal:

"PRECISO TANTO DESTA TUA FORMA DE AMAR, E AO MESMO TEMPO MINHA HISTÓRIA NÃO ME PERMITE VIVÊ-LA" Mony Elkaim

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Para Mães e Pais que queiram aprofundar na arte de educar!!

Porcos-Espinhos




Durante uma era glacial, muito remota, quando o globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem as condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito…….
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram a longa era glacial. Sobreviveram.
"Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser nosso senso de bem-estar. Cultivar um sentimento de proximidade e calor humano compassivo pelo outro, automaticamente coloca a nossa mente num estado de paz. Isto ajuda a remover quaisquer medos, preocupações ou inseguranças que possamos ter, e nos dá muita força para lutar com qualquer obstáculo que encontrarmos. Esta é a causa mais poderosa de sucesso na vida."
Tenzin Gyatso, XIV Dalai Lama
Prêmio Nobel da Paz de 1989

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Associação Acadêmica Psiquiátrica de Minas Gerais – AAP-MG

Para começar a semana....

ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS, CLEAVELAND, OHIO.

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:


1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente "

domingo, 1 de agosto de 2010

Psicologia da Gravidez



Nos dias 19 e 20 de junho de 2010 na cidade de São Paulo, tive o prazer e a honra de estar aprendendo e conhecendo um pouco mais sobre o universo feminino no que diz respeito à maternidade.

Foi um encontro com pessoas e profissionais que tiveram a sensibilidade de ensinar e trocar suas experiências de vida.

Eu gostaria de deixar registrado meu agradecimento sincero a toda equipe do GAMA e a todos os colegas do grupo!!

Eu respondo por, e você???




Depois de um “longo inverno” estou de volta para atualizar este espaço!!!
Durante todo este tempo me cobrei por não estar postando no blog, pelo menos semanalmente!

E olha só pessoal, psicólogo é “Gentem como a gente”!

Não estou aqui para justificativas, mas sim para retomar o trabalho! Acredito que esta pausa (de mais de 1 mês) faz parte do fluxo da vida! Diz da minha e da sua vida! Da vida de todos nós seres humanos, “reais mortais”, que possuem imprevistos, muito trabalho, correria, algumas pausas, férias, família, idéias novas, ou nenhuma idéia!

Acho que é isso...

Aprendi muitas coisas durante esta pausa... 48 dias para ser exata!
Aprendi que o mais importante nesta vida, nem por isso o mais fácil, mas delicioso, é quando aprendemos e damos conta de RESPONDER por ela! Responder por nossas vitórias e derrotas!

E você, como tem respondido pela sua vida??

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Namorar: estar em amor!!

Para aqueles que estão aprendendo a cuidar-se e cuidar do outro;
A amar-se e amar o outro;
A gostar-se e gostar do outro;
A valorizar-se e valorizar o outro, enfim; para todos que estão aprendendo a namorar!!


Namorado: Ter ou nao ter, é uma questão

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical no Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Não tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Enlou-cresça.

*Obs.: Este texto, frequentemente, tem sido atribuído a Carlos Drummond de Andrade. Mas, de fato, é de Artur da Távola. Foi publicado no livro: “Amor a sim mesmo” (sic) – (coletânea de crônicas de Távola), Ed. Círculo do Livro, por cortesia da Ed. Nova Fronteira S.A. copyright – © 1.984 Paulo Alberto M. Monteiro de Barros (nome real de Artur da Távola).

domingo, 6 de junho de 2010

Quem ama cuida??

Vésperas do Dia dos Namorados!!! Afinal de contas... O que é este tal de namorar? Alguém já parou para pensar nesta palavra?

Namorar....

O clima está propenso para seduzir, a todos que vivem nesta vida frenética, a parar para consumir o objeto mais desejado e muitas vezes o mais caro, para demonstrar o quanto vale o seu amor!

E quanto vale o seu amor?

Quem dá mais por ele?

Dou-lhe uma? Dou-lhe duas? Dou-lhe três??

Quanto você dá pelo e para o seu amor?

Eu gostaria em um primeiro momento de propor a todos vocês uma reflexão!!!

Se "quem ama cuida!". Então, como tenho cuidado do meu amor (por mim ou pelo outro, eis a questão!)?

Para nos ajudar a refletir e sentir segue um texto que descobri na internet, no site do sensível ser humano e filósofo, Leonardo Boff, que me fez pensar sobre o ethos (não só a ética, mas a morada humana) do amor: o ethos que cuida.

O 'ethos' que cuida
Leonardo Boff - Jornal do Brasil, 25 de julho de 2003

Quando amamos, cuidamos e quando cuidamos amamos. Por isso o ethos que ama se completa com o ethos que cuida. O "cuidado" constitui a categoria central do novo paradigma de civilização que forceja por emergir em todas as partes do mundo. A falta de cuidado no trato da natureza e dos recursos escassos, a ausência de cuidado com referência ao poder da tecnociência que construiu armas de destruição em massa e de devastação da biosfera e da própria sobrevivência da espécie humana, nos está levando a um impasse sem precedentes. Ou cuidamos ou pereceremos. O cuidado assume uma dupla função: de prevenção a danos futuros e de regeneração de dados passados. O cuidado possui esse condão: reforçar a vida, zelar pelas condições físico-químicas, ecológicas, sociais e espirituais que permitem a reprodução da vida e de sua ulterior evolução. O correspondente ao cuidado em termos políticos é a "sustentabilidade" que visa encontrar o justo equilíbrio entre o benefício racional das virtualidades da Terra e sua preservação para nós e as gerações futuras. Talvez aduzindo a fábula do cuidado, conservada por Higino (+17,d.C.), bibliotecário de César Augusto, entendamos melhor o significado do ethos que cuida.

"Certo dia, Cuidado tomou um pedaço de barro e moldou-o na forma do ser humano. Nisso apareceu Júpiter e, a pedido de Cuidado, insuflou-lhe espírito. Cuidado quis dar-lhe um nome, mas Júpiter lho proibiu, querendo ele impôr o nome. Começou uma discussão entre ambos. Nisso apareceu a Terra alegando que o barro é parte de seu corpo e, que por isso, tinha o direito de escolher um nome. Gerou-se uma discussão generalizada e sem solução. Então todos aceitaram chamar Saturno, o velho deus ancestral, para ser o árbitro. Este tomou a seguinte sentença, considerada justa: Você, Júpiter, deu-lhe o espírito, receberá o espírito de volta quando essa criatura morrer. Você, Terra, que lhe forneceu o corpo, receberá o corpo de volta, quando esta criatura morrer. E você, Cuidado, que foi o primeiro a moldar a criatura, acompanha-la-á, por todo o tempo em que viver. E como vocês não chegaram a nenhum consenso sobre o nome, decido eu: chamar-se-á homem que vem de humus que significa terra fértil".

Essa fábula está cheia de lições. O cuidado é anterior ao espírito infundido por Júpiter e anterior ao corpo emprestado pela Terra. A concepção corpo-espírito não é, portanto, originária. Originário é o cuidado "que foi o primeiro a moldar o ser humano". O Cuidado o fez com "cuidado", zelo e devoção, portanto, com uma atitude amorosa. Ele é, anterior, o a priori ontológico que permite o ser humano surgir. Essas dimensões entram na constituição do ser humano. Sem elas não é humano. Por isso se diz que o "cuidado acompanhará o ser humano por todo o tempo em que viver". Tudo que fizer com cuidado será bem feito.

O ethos que cuida e ama é terapêutico e libertador. Sana chagas, desanuvia o futuro e cria esperança. Com razão diz o psicanalista Rollo May:"na atual confusão de episódios racionalistas e técnicos, perdemos de vista o ser humano. Devemos voltar humildemente ao simples cuidado. É o mito do cuidado, e somente ele que nos permite resistir ao cinismo e à apatia, doenças psicológicas de nosso tempo".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Boa Leitura!!!!





A autora Solange Maria Rosset aborda neste livro, pontos nodais da relação pais e filhos, focando aspectos que são importantes para fortalecer esse vínculo, ao mesmo tempo em que enfatiza a possibilidade de que essa relação seja um instrumento de crescimento e desenvolvimento de consciência de todos os envolvidos.
A tônica do livro é o desenvolvimento da responsabilidade como desencadeadora das mudanças e aprendizagens que são necessárias.
É um livro importante para terapeutas, tendo em vista que apresenta pontos importantes que podem ser desenvolvidos no contexto terapêutico tanto nos atendimentos de famílias como no acompanhamento individual.
É muito útil para pais e filhos que desejam melhorar suas relações. Para os pais, traz conceitos e explicações que facilitam a árdua tarefa de prover, educar e se relacionar com filhos. Mas é também útil para filhos que poderão ter importantes dicas de como desenvolver sua história pessoal, independente da sua história familiar, e assim, melhorando sua relação com seus pais, preparar melhor sua relação com seus filhos.

Noite de Autógrafo! Vale a pena conferir...




Reserve esta data: 16 de junho de 2010

Lançamento e noite de autógrafo do livro: Memória,Aprendizagem e Esquecimento - a memória através das neurociências cognitivas do Doutor Antônio Carlos Corrêa.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Reflexão

"o correr da vida embrulha tudo. A vida é assim:
Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é CORAGEM. "
Guimarães Rosa

domingo, 30 de maio de 2010

Ainda sobre LAÇOS E NÓS FAMILIARES

Sinto que ficou germinando dentro do meu ser o texto que encontrei, ao chegar no auditório da OAB/MG para o III Encontro de Família, projetado no painel de apresentação.
Enquanto todos se acomodavam em suas cadeiras fui lendo e absorvendo a profundidade das palavras de Roberto Crema (psicólogo e antropólogo), que com muita simplicidade e sabedoria nos mostrou a profundidade do ato de relacionar.
E por isso, senti a necessidade de trazer para os que não o conhecem, e para aqueles que já conhecem (e é sempre válido relembrar), o texto que pode nos ajudar a repensar os nossos “encontros”.

ATRITOS
Por Roberto Crema

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.
Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor •percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada à compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Comissão de Direito de Família promoveu dois importantes eventos



Foi realizado no sábado (15/05), no auditório da Seccional, o III Encontro de Família da OAB/MG e o I Fórum de Família da Associação Mineira de Terapia de Família – Amitef. O evento foi aberto pelo presidente da Comissão de Direito de Família, Nacib Rachid Silva, e pela presidente da Associação, Ivonete Vieira.
Em seguida foi realizada uma mesa redonda sobre o tema “Fragmentos de Laços Amorosos”, quando foram exibidos trechos dos filmes “A morte inventada”, “A poderosa” e “Surpresas do amor”, passando-se a um debate com o público, coordenado pela assistente social Marlene Aparecida de Paula, com a participação do juiz da 5ª Vara de Família da Capital, Claiton Rosa de Resende; do promotor Renato Augusto Mendonça, também da 5ª Vara; do padre Antônio Carlos Ferreira de Souza, da paróquia de São Judas Tadeu em Betim e da psicoterapeuta de família, Ana Carolina Morici.
Após breve intervalo, foi apresentada a palestra do filósofo e teólogo Celito Méier, sob o tema “Laços e Nós Familiares (encontros e desencontros)”. Sua exposição foi divida em quatro partes: “O ser humano”, “A família”, “Características da família na sociedade moderna” e “A experiência do amor”. O trabalho despertou grande interesse do público presente, que aplaudiu de forma entusiasmada.
O presidente da Comissão de Direito de Família, Nacib Rachid Silva, falando ao JA Online, afirmou que “A Comissão que dirige, ao buscar a parceria com a Amitef, quer concretizar a interdisciplinaridade como forma de aprimorar as técnicas de soluções dos conflitos familiares”.
Também estiveram presentes ao evento as diretoras científicas da Associação Mineira de Terapia de Família, psicólogas e terapeutas Leônia Ornelas Figueiredo e Naílde Dias Monção. Após o encerramento, foi servido um coquetel aos presentes
Christiane Avellar
Comissões OAB/MG
21025969

Depois de um longo tempo....

O Espaço Sistêmico está de volta...ou melhor: Faz-se presente!!!! No Aqui e Agora!
Depois de um longo tempo sendo pensado, analisado e sentido, acredito que este é o momento!
Motivos?
Não.. por incrível que pareça nenhuma boa des-culpa que justifique tanta demora para deixá-lo ir ao ar!
Talvez faltasse coragem!
E o mais interessante é que o último texto, postado em janeiro/2010, falava sobre coragem!
E foi necessário todo este tempo para agir com coração, e fazer valer a tal CORAGEM!
Caros leitores, colegas e clientes terapeuta também precisa SER HUMANO!!!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CORAGEM

O que nos torna corajoso???

Eu sei e você também sabe que para VIVER é preciso ter muita coragem!!!

Coragem para párar!!! Párar para sentir e saber o que você está vivendo, fazendo, falando, vendo e escolhendo!

Coragem!

De onde ela vem? Como ela se apresenta? E porque, às vezes, ela vai embora?

Coragem me lembra Cor, coração, ação, agir!!! Ter cor ao agir? Ou coração ao agir! Não acho que seja aquela idéia de "coração mole", ou de "fulano age sob emoção". Mas, acredito muito que o CORAJOSO sabe o que está sentindo, e mesmo assim parte para a ação! É por sentimento na sua ação!!

Mesmo sentindo medo, ele está lá, agindo! Ele sabe do seu medo, e também sabe que vai precisar agir!!! Em algum momento!

Ser corajoso não significa ser impulsivo! Ser corajoso é também saber um pouquinho de si mesmo!

VIVER DESPENTEADA


A personagem do cartunista argentino Quino, "Mafalda" é o retrato bem humorado de como VIVER DESPENTEADA, texto de autoria desconhecida, e por sinal uma bela reflexão para caminharmos com mais sabedoria!!!

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,
por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos
eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.
Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,
toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça,
coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...
e talvez deveria seguir as instruções, mas
quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita
eu tenha que me sentir bonita...
A pessoa mais bonita que posso ser!
O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:
Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace,
dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável!
Admire a paisagem, aproveite,
e acima de tudo, deixa a vida te despentear!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...